Review - Lugar Feliz - Emily Henry

Título em Portugal: "Lugar Feliz"
Títulos original: "Happy Place"
Autora: Emily Henry

Sinopse:

"Lugar Feliz" é uma história cativante que explora as complexas dinâmicas da amizade, do amor e da busca por sentido na vida adulta. O livro acompanha um grupo de amigos que se reúnem anualmente em uma casa de praia para renovar seus laços e relembrar os momentos felizes do passado. Porém, nesta última reunião, todos trazem consigo segredos e incertezas que testam a força de suas conexões. À medida que os dias de verão passam, eles são forçados a confrontar o que significa realmente ser feliz e como as relações que valorizam mudaram com o tempo. Entre risos, lágrimas e revelações inesperadas, "Lugar Feliz" nos leva a refletir sobre o poder das amizades duradouras e o que é necessário para encontrar a felicidade, mesmo quando a vida parece estar fora de controle.

Opinião

"Lugar Feliz", de Emily Henry, é um livro que me cativou logo de início, principalmente por uma citação que ressoou profundamente com o momento em que o li — durante as férias de verão, rodeada pelas pessoas mais importantes da minha vida.

No entanto, conforme a leitura avançava, comecei a sentir um certo tédio. Não consegui me conectar com a história em vários momentos. Alguns dos personagens, pareciam presos a uma imaturidade juvenil, a algo que não volta mais. Eles ainda estavam em busca seu propósito na vida, o que me fez refletir sobre como, mesmo após os trinta anos, muitos ainda estão em busca de seu próprio “sol”.

A minha expectativa inicial com o livro, talvez tenha sido a causa da minha frustração. Eu estava esperando uma história focada mais em um romance, mas recebi uma história sobre amizade e como ela muda ao longo do tempo — algo para o qual eu não estava preparada. No entanto, após muita reflexão, percebi que isso me agradou no livro, gostei tanto que chorei em algumas partes e me rendi com as relações de amizades, todos nós temos medo de perder amigos na vida adulta, não é mesmo?

Talvez esse tenha sido o motivo de toda a imaturidade nostálgica juvenil do início, era tudo medo de perder os vínculos de amizades que os ligavam. E em relação a manter as amizades, eu preciso tirar o chapéu para Sabrina, ela é o motivo da amizade daquele grupo ainda perdurar, e para que conste, eu adorei essa personagem e o grande esforço dela, todo mundo deveria ter uma amiga como a Sabrina.

As últimas páginas foram imersivas e profundamente tocantes. Identifiquei-me com vários momentos, especialmente nas narrativas sobre família e amizade, que me tocaram muito mais do que o romance entre Harriet e Wyn. Algo me incomodou na forma como ela via e tratava os pais, não me causou uma boa impressão da personagem, não vi uma justificativa plausível para ela não ter afeto por eles. Já o Wyn é um personagem masculino muito fofo, me lembrou até o Miles de "Uma boa história", como a Harriet foi deixar ele escapar?

As relações entre os personagens, suas dificuldades e os laços que os unem são retratados de maneira tão real que me emocionaram profundamente, mas não será um livro que irei ler no futuro.

O final me fez recordar de todos os “lugares felizes” que já visitei ao longo da vida, o que me levou às lágrimas. Esse é o verdadeiro poder da escrita, e, neste caso, esse poder reside na mente brilhante de Emily Henry, que transforma palavras em sentimentos.